terça-feira, 25 de outubro de 2011

Homem do Futuro

Se  tivesse a chance, você voltaria ao passado para mudar tudo o que aconteceu? No filme homem do futuro, Zero, interpretado por Wagner Moura, tem essa oportunidade. Depois de ser completamente humilhado e perder o seu grande amor em uma festa da faculdade, sua vida passar a ser um inferno. 20 anos depois, ao fazer um experimento com geração de energia, a maquina que ele constrói cria um buraco negro que o leva ao passado, em 1991 no momento da festa. Assim ele tem a chance de recuperar Helena, interpretada por Alinne Moraes.

Na trilha sonora do filme está Tempo Perdido do Legião Urbana. E ela foi regravada para o longa por Aline Moraes e Wagner Moura, assista aqui o trailer do filme e videoclip da música da banda de Renato Russo para divulgação do filme:





Outros detalhes do filme e a trilha sonora eu já comentei no Perdidos no Ar, o programa de rádio da Gazeta Am que participo. Se você quiser ouvir clique aqui.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Os olhos de um repórter sobre a Ilha de Fidel Castro

Fernando Morais dá palestra na Faculdade Cásper Líbero e fala sobre nova obra que discute a política de Cuba

Fernando Morais é um ótimo contador de histórias, mas histórias reais. Ele soube retratar a vida de grandes personagens como Olga Benário e Chatô. Além de revelar a fechada Cuba para seus leitores ao escrever A Ilha. Livro  que é fruto de sua viagem ao país socialista em 1975, enquanto o Brasil estava em plena ditadura militar.
  
Com toda sua humildade e informalidade fez uma palestra do dia 6 de outubro na 19ª semana de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero para contar aos alunos detalhes sobre sua carreira no jornalismo e da produção de seus livros sobre a reclusa ilha de Fidel Castro.

Após quase 30 anos de A Ilha, Cuba volta a ser tema de um livro-reportagem do autor. Seu mais recente lançamento, Os Últimos Soldados da Guerra Fria, foi um dos temas comentados em sua palestra. O livro fala sobre o alongamento da guerra fria com a Rede Vespa, grupo de 15 agentes secretos cubanos que invadiram os Estados Unidos para impedir ataques terroristas ao governo de Fidel.

O livro retrata, do lado americano, os Anticastristas, grupo de oposição à Fidel Castro composto em sua maioria por cubanos que viviam nos Estados Unidos e serviam ao FBI. O principal responsável pelos maiores ataques anticastristas foi Cruz Léon, entrevistado por Morais na penitenciária de Havana. Ele disse “Não sabia o que estava fazendo, só queria explodir tudo como Sylverter Stalone em seus filmes”.

O livro não narra apenas as “aventuras” dos agentes secretos, mas também faz uma análise sobre a relação política entre Cuba e Estados Unidos desde a revolução de 1959 que levou à derrubada do ditador Fulgêncio Batista e a implantação do sistema socialista.

Os Últimos Soldados da Guerra Fria não é apenas uma reportagem nem apenas um dossiê com informações reunidas. É um relato detalhado do que parece ser uma aventura de espiã digna de filmes norte-americanos com estrelados por grandes atores. 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Carlos Nuñez em São Paulo

Neste último domingo o artista Carlos Núñez, gaiteiro, representante da música tradicional da Galicia, fez seu último show aqui no Brasil. O concerto aconteceu no Sesc Bom Retiro, em São Paulo. O galego, natural de Vigo, fez um show animado acompanhado de Pancho Alvarez (bouzouki), Xurxo Nuñez (percussão) e Niamh Ni Charra (rabeca irlandesa e concertina). Todos são originários da Galícia, com exceção de Niamh Ni Charra que é irlandesa. Sua tournée brasileira passou em quatro capitais com o apoio e patrocínio do Santander.


Em 2004, participou da trilha sonora do filme Mar Adentro, do diretor Alejandro Amenábar, que faturou o Oscar de melhor filme estrangeiro. Seu último trabalho é o disco "Alborada do Brasil", editado internacionalmente pela Sony. Este álbum é uma fusão da Música Celta e a Brasileira, com as participações de Adriana Calcanhotto, Lenine, Carlinhos Brown, Fernanda Takai, e Dominguinhos. O CD foi muito bem aceito pela crítica e recebeu o Prêmio da Crítica Alemã - "gravação artística excepcional".

Durante o show Nunez dividiu o público a história da música celta, brasileira e irlandesa e brasileira que suas músicas carregam. Além de muitos contos e histórias, o público foi convidado a subir ao palco para dançar. 


Para ver mais fotos clique aqui




domingo, 2 de outubro de 2011

Sujando os sapatos em Nova York


Ninguém nunca viu a cidade de Nova York como Gay Talese. O autor de Fama e Anonimato descreveu uma das maiores cidades do mundo como ninguém poderia. Mostrando o lado que muitos queriam saber e o outro que poucos faziam idéia. Sua observação criou este perfil de Nova York revelando fatos que ninguém imaginava.

O repórter Gay Talese não deixou passar nada. Em seu livro estão as milhares de formigas que escalam o Empire State e os gatos que tomam a rua pela noite. Seus personagens são muitos, dos porteiros de Manhattan até Frank Sinatra. Provavelmente nada passou reto pelo olhar do jornalista. Sua apuração meticulosa revelou muitas coisas, como por exemplo, o dia-a-dia dos motoristas de ônibus da cidade, que na época de sua pesquisa somavam aproximadamente 10 mil.

Talese mostrou o lado oculto, o que ninguém conhecia como os personagens importantes para o funcionamento da cidade; as secretárias, as faxineiras, os trabalhadores do metrô. Mas não se privou apenas a quem não era conhecido, mas também a face desconhecida das celebridades. O perfil de Frank Sinatra mostra como um resfriado pode acabar com a voz do cantor e como a não cooperação do entrevistado pode acabar com uma reportagem.

O repórter também discorreu sobre a construção da ponte que liga os distritos de Brooklin e Staten Island, em Nova York. Para a criação da reportagem ele teve que visitar os canteiros de obra e observar detalhadamente o levantamento da ponte e a vida de quem a estava construindo.

Gay Talese soube usar perfeitamente “a arte de sujar os sapatos” para analisar uma cidade tão importante como Nova York e mostrá-la como nunca havia sido antes para o mundo. A importância para os jornalistas é grande, pois mostra como uma apuração detalhada leva a um bom trabalho, mas fez também muitos moradores perceberem coisas que estavam ao seu redor por tanto tempo e nunca haviam notado.