sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Cidade Luz nos anos 20



A síndrome da Época de Ouro é pensar que viver em uma época anterior seria melhor do que o presente. Gil Pender é portador dessa síndrome. O personagem central do filme Meia Noite em Paris é um roteirista de Hollywood que decidi escrever um romance.
Paris é sua inspiração, mas não nos tempos de hoje, e sim nos anos 20, época de grandes artistas . Em uma viagem à cidade luz com sua noiva Inez (Rachel McAdams) e seus futuros sogros, Gil acaba entrando em uma grande aventura, embarcando para a sua “época de ouro”. Lá faz amizade com o casal Fitzgerald e Ernest Hemingway, ouve músicas de Cole Porter e tem como primeira leitora e crítica de seu livro, Gertrude Stein.
Nestas idas e vindas entre o passado e o presente, Gil percebe a diferença de pensamento entre ele e Inez. Ele focado na sua paixão pelo passado e ela com o sonho de uma casa em Malibu. Tudo se complica ainda mais quando conhece Adriana, amante de Picasso, uma mulher linda, sutil e sensual.
Depois de Londes e Barcelona, Woody Allen chega a Paris. O diretor volta às telas com uma história de amor impossível entre um homem e um passado distante. Nenhuma outra cidade no mundo poderia ser palco para tal romance. O filme segue um padrão que vem sendo usado por Allen, um protagonista frágil, com uma bela paisagem e uma musa inspiradora. Muito usado nas cidades europeias por onde tem passado.
Este filme de Allen é um belo roteiro para viajar sem sair do sofá, para um novo lugar e uma nova época. 

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